informações | Élan Vitali Virtual Gallery é uma atividade artística desenvolvida por André Pitol, Diana Tsonis, Mariana Gil e Felipe Tonelli - estudantes do curso de Artes Visuais da ECA-USP – cujo trabalho se desenvolve na proposição de ruídos estratégicos na mundanidade do circuito de arte contemporâneo, através da busca de características identitárias na produção de artistas visuais brasileiros. Este deslocamento de significado é feito no cotidiano, como uma forma de apropriação de objetos do mundo e sua inserção no contexto da arte. Assumimos o caráter de uma galeria virtual, onde apresentamos obras de arte pertencentes ao acervo ficcional de Élan. Élan Vitali mostrará parte de sua coleção de Arte Brasileira na Casa ao Cubo, e no dia abertura, lançará o Programa Artista Emergência, para jovens artistas. Você quer que Élan Vitali produza suas obras? Leve seu portfólio! Élan Vitali Virtual Gallery http://cargocollective.com Casa Ao Cubo http://casaaocubo.blogspot Show de abertura com Keroøàcidu Suäväk http://piknik.hotglue.me/ |
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Exposição Élan Vitali
sábado, 1 de outubro de 2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Speech Act I: Prelude to Fire
Speech Act I: Prelude to Fire
Those are inflamatory remarks.
This is a tale told by na object at the point of being consumed by fire.
domingo, 10 de julho de 2011
19º Programa Nascente
Exposição 19ª Visualidade Nascente
Centro Universitário Mariantonia
21/06 a 08/07/2011
Eles estão chegando (da série ficção científica ), 2010
Fotografia digital à partir da performance 51 x 75 cm
Edição: 1/5
Registro: Melina Furquim
Edição e concepção: Mariana Gil
Morram! (da série ficção científica ), 2010
Fotografia digital à partir da performance
60 x 80 cm
Edição: 2/5
Registro: Melina Furquim
Edição e concepção: Mariana Gil
Portal Turiassu (da série ficção científica ), 2010
Fotografia digital à partir da performance
60 x 80 cm
Edição: 3/5
Registro: Melina Furquim
Edição e concepção: Mariana Gil
Espionagem (da série ficção científica ), 2010
Fotografia digital à partir da performanc e
60 x 80 cm
Edição: 4/5
Registro: Melina Furquim
Edição e concepção: Mariana Gil
Dispositivos lunares (da série ficção científica ), 2010
Fotografia digital à partir da performanc e
40 x 28 cm
Edição: 5/5
Registro: Melina Furquim
Edição e concepção: Mariana Gil
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Indutores Aquáticos, 2011
Instalação
Torneira, tubo colorido de plástico flexivel com Led, bóias de pescaria sobre parede e duas lanternas
Áudio: Work for two pianists
Autor: Morton Feldman
Dimensões variáveis
sábado, 21 de maio de 2011
Uma Bússola
Todas as coisas são palavras lidas
Na língua em que Algo ou Alguém, noite e dia,
Escreve essa infinita algavaria
Que é a história do mundo. Em sua corrida
Passam Cartago e Roma, minha vida
Que não entendo, eu, tu, ele, a agonia:
Ser enigma, acaso, criptografia
E as vozes de Babel desentendidas.
Atrás do nome há o que não se cita;
Hoje senti sua sombra que gravita
Na lúcida agulha azul que circula
Leve, obstinada, até o fim do mar
Com algo de relógio num sonhar,
E algo de ave dormida que tremula.
BORGES, Jorge Luis. "O Outro, O Mesmo." In: Obras Completas, Vol II. Editora Globo: São Paulo, 1999.
Todas as coisas são palavras lidas
Na língua em que Algo ou Alguém, noite e dia,
Escreve essa infinita algavaria
Que é a história do mundo. Em sua corrida
Passam Cartago e Roma, minha vida
Que não entendo, eu, tu, ele, a agonia:
Ser enigma, acaso, criptografia
E as vozes de Babel desentendidas.
Atrás do nome há o que não se cita;
Hoje senti sua sombra que gravita
Na lúcida agulha azul que circula
Leve, obstinada, até o fim do mar
Com algo de relógio num sonhar,
E algo de ave dormida que tremula.
BORGES, Jorge Luis. "O Outro, O Mesmo." In: Obras Completas, Vol II. Editora Globo: São Paulo, 1999.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
quarta-feira, 4 de maio de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
Um desvio para novas conexões
A Teoria dos Atos de fala de Austin parte de uma idéia performativa da linguagem. Foi por meio de seus estudos que foram detectados outros tipos de frases que denotam uma ação e não somente frases enunciativas que servem para descrever um estado de coisas, descrever o real. As frases enunciativas são frases que pairam sobre o crivo de serem verdadeiras ou falsas em suas proposições. Austin elucida, dizer é uma forma de agir sobre o interlocutor e sobre o mundo circundante.
Com relação aos enunciados performativos há de se considerar duas condições, do falante é necessária a autoridade de dizê-lo e também o contexto adequado para tanto. O exemplo mais simples que Austin expõe é o de um juiz que “Declara aberta a sessão” (Desse modo, declarar aberta a sessão não significa informar sobre o que ela consiste, mas é deliberar, é abrir efetivamente a sessão ao proferir tais palavras). Porém, se o juiz se encontrar sozinho deitado em sua cama, as palavras não cumprirão seu desígnio. Em inglês o verbo to perform significa realizar, de onde vem o termo performativo. Nos estudos da lingüística pragmática, os enunciados performativos são ações que dependem do uso da linguagem. As palavras adquirem sentido a partir do momento em que se encontram num determinado contexto. São Jogos de linguagem, como se referiu Wittgenstein. Uma palavra em si não tem um significado fixo, seu sentido é escorregadio e varia de acordo com a relação entre outras palavras numa dada sentença, num determinado contexto. Uma frase performativa só alcança seu grau de realização sob condições de contexto específicas.
O maior problema dessas investigações está na impossibilidade de se considerar esse contexto de caráter heterogêneo, múltiplo e variável. Os fatores envolvidos no processo de linguagem que lidamos em nossa vida cotidiana permanecem indefinidos. Existe um mistério nas coisas sobre o qual não é possível falar. Com todo o progresso científico, ainda os problemas mais simples da vida não foram resolvidos. Há um mistério insondável que nos toca.
No entanto, somos participantes desse jogo de linguagem e lidamos o tempo todo com essa multiplicidade de sentidos que estão impregnados no mundo. Antes de ser nossa, a língua já existia num conjunto de relações determinadas pelo seu uso na sociedade. Aprendemos a participar do jogo e a criar conexões. Nossa fala é uma ressonância cultural. É possível dizer, minha fala não é minha. Usar a linguagem é ver conexões, no entanto esse “poder conectivo” é nossa própria cegueira.
Do que não se pode falar, deve-se calar”. Conclui Wittgenstein em seu Tratado Lógico Filosófico. Estou atrás de uma linguagem que comunique esse silêncio. Tenho por objetivo dar vida a uma linguagem que promova outras conexões. Conexões que modifiquem as já tão sedimentadas relações que estabelecemos com o mundo através de nossos hábitos adquiridos culturalmente, socialmente. O desvio traçado pela linguagem tem por objetivo tornar visível aquilo que não vemos, é uma tentativa de colocar questões que tenham como conseqüência a possibilidade de um novo olhar, uma nova lógica. Seria necessário desaprender, reformular. A tentativa de animar esse mundo e de promover um desvio para novas conexões é uma construção dentro de um repertório cultural, social e político específico. Minha intenção é falar da situação na qual nos encontramos em meio a um estado de coisas, um excesso de acontecimentos, informações, conteúdos, relações de diferentes ordens e da crescente perda das pessoas em encontrar meios que permitam exprimir, agenciar e interferir nessa dinâmica. Detectamos um estado de letargia generalizada. E uma carência de recursos que reformulem o que já se encontra estabelecido pelas relações de poder na sociedade.
E dentro desse quadro anestésico é possível delimitar o pensamento? Qual é o seu raio de atuação?
Para Wittgenstein “Os limites de minha linguagem significam os limites de meu mundo”. Isso significa que o que está fora da articulação da linguagem, não pode ser esclarecido. “O que não podemos pensar, não podemos pensar; portanto, tampouco podemos dizer o que não podemos pensar”. Essa é a mudez da linguagem. Até que ponto é possível dilatar esse limite, deslocar esses contextos, "perfurar" a linguagem, procurar nela conexões pouco prováveis ou que sejam suscetíveis de novas idéias, sensações?
Segue um trecho de um texto do filósofo italiano Giorgio Agamben chamado “O Fim do Pensamento”:
“Em nossa língua, a palavra pensamento tem por origem o significado de angústia, de ímpeto ansioso, que se encontra ainda na expressão familiar: stare inpensiero (estar atormentado). O verbo latino pendere, de onde deriva a palavra nas línguas romanas, significa estar suspenso. Agostinho utiliza-o neste sentido para caracterizar o processo do conhecimento: “O desejo que já na procura procede de quem busca e permanece, de alguma maneira, suspenso (pendet quodammodo), até repousar na união com o objeto enfim encontrado.
Que coisa está suspensa, que coisa pende no pensamento? Pensar, na linguagem, não podemos, porque a linguagem é e não é a nossa voz. Eis uma pendência, uma questão não resolvida da linguagem: será nossa a voz? Por isto, ao falar, somos constrangidos a pensar e manter suspensas as palavras. O pensamento é a pendência da voz na linguagem.”
Que mundo estamos a suspender? Que lugar é esse? Qual é o espaço que estamos criando? Qual decisão deve ser tomada na escolha por um determinado jogo de linguagem e não outro? Que voz é essa?
(Heráclito diz que as idéias dos homens são) jogos de criança.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
domingo, 17 de abril de 2011
"A topoanálise seria então o estudo psicológico sistemático dos locais de nossa vida íntima.
[...] Em seus mil alvéolos , o espaço retém o tempo comprimido. É essa a função do espaço.
[...] Então, diante dessas solidões, o topoanalista interroga: o aposento era grande? O sótão estava atravancado de coisas? O canto era quente? E donde vinha a luz? Como também, nesses espaços, o ser tomava contato com o silêncio? Como ele saboreava os silêncios tão especiais dos diversos abrigos do devaneio solitário?"
BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. Martins Fontes: São Paulo, 2008.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
E na minha cabeça, que estou começando a localizar bem, lá no alto e um pouco à direita, as faíscas chispam e caem pelas paredes...
(Parafraseando Beckett)
Indutores aquáticos 2, 2010
Torneira cerâmica, cordas, mangueiras de borracha, mangueiras de luz, áudio
reproduzido em looping
Registro fotográfico da instalação
Edição: 3/3 (díptico)
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